É preciso avançar na compreensão do problema da violência contra a mulher, que deve ser uma responsabilidade de todos os entes da Federação. Não só da União, mas também dos estados e dos municípios.
Nós chamamos atenção para o assunto no pronunciamento que fizemos na tarde dessa terça-feira, no plenário da Câmara dos Deputados, quando do debate com a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, Eleonora Menicucci de Oliveira. A ministra participou da série de “comissões gerais” que a Câmara pretende fazer neste ano com os 39 chefes de ministérios.
Na oportunidade, a ministra assegurou que nenhuma das Casas da Mulher Brasileira previstas para este ano serão prejudicadas pela crise econômica ou pelo ajuste fiscal. Além de Campo Grande (MS) e Brasília (DF), já inauguradas, estão previstas a construção de mais cinco, em São Luís (MA), Salvador (BA), São Paulo (SP), Curitiba (PR) e Fortaleza (CE). A violência doméstica, por exemplo, é a forma mais perversa do machismo que existe na sociedade brasileira. Somente entre 2009 e 2011, 15 mulheres por dia foram mortas. Simplesmente por serem mulheres.
Quando prefeita, nós implantamos em Fortaleza uma Casa Abrigo – um equipamento de apoio às vítimas contra a violência de gênero -, mesmo que muitos dissessem que não era nossa responsabilidade. Mas nós não podíamos conceber que, em todo o Ceará, com quase 9 milhões de habitantes, só pudesse haver um equipamento do gênero. E nós fizemos. É esse tipo de compreensão que falta a muitos gestores públicos.