Bancada feminina do PT cobra Reforma Política e por mais mulheres no Parlamento

IGUALDADE_GENERO

A bancada feminina na Câmara dos Deputados cobrou, durante ato público realizado na Câmara na última terça-feira (5), a adoção de regras na reforma política que garantam maior presença de mulheres nos parlamentos em todo o País. Em um ato simbólico, as parlamentares tiraram o chapéu (símbolo da representação masculina em décadas passadas) para defender a presença feminina no parlamento.  A deputada Moema Gramacho (PT-BA), organizadora do ato, cobrou a inclusão no relatório final da Comissão Especial que debate a Reforma Política a adoção da cota de 30% de presença das mulheres nos parlamentos, independentemente do sistema político que será adotado.

Em entrevista recente ao programa Carta Aberta, da TV Câmara (abaixo), a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) falou sobre a questão da ‘equidade’ e da igualdade de gêneros na esfera pública. Atualmente, são 51 deputadas federais do total de 513 representantes, ou seja, cerca de 10% do total. Para Luizianne, o número ainda está longe de ser o ideal e, conforme especialistas apontaram, se o ritmo de crescimento de mulheres no Legislativo Federal seguir os atuais números “serão necessários 400 anos para que se alcance a ‘igualdade de gêneros'”. 

Militante dos Direitos Humanos em toda sua trajetória política, seja nos mandatos de vereadora, deputada estadual, bem como em suas gestões na Prefeitura de Fortaleza, Luizianne Lins é uma grande batalhadora pelo crescimento das políticas públicas para as mulheres e da participação das mulheres na política. Como prefeita por dois mandatos na capital cearense, o assunto ganhou relevância a ponto de criarem a Secretaria de Políticas paras as Mulheres. Na entrevista, a deputada também destacou a política de ‘cotas’ para mulheres na Câmara. Para a parlamentar, é fato que as mulheres, diferentemente da maioria dos homens, se preocupam mais e dividem o tempo da ‘esfera pública’ com a educação dos filhos, os cuidados da casa, a atenção com o marido e, nisso, entra um ‘terceiro turno’ de responsabilidades. “Na prática, elas acabam sendo alijadas da política”, pontuou.

Política de cotas

Durante a entrevista, o debate sobre a Reforma Política – que busca determinar a presença de pelo menos 30% de mulheres com mandatos parlamentares -, foi comentado pela deputada federal. “O PT, no seu último Congresso Nacional, já aponta 50% obrigatoriamente de mulheres nas direções partidárias e na hora de serem candidatas. Lembro que tivemos esse debate e as pessoas diziam que a cota era algo muito artificial, que as mulheres podem chegar lá independente de cotas… e eu costumo dizer que as cotas não são o ideal. As cotas representam o que chamamos de ‘ação afirmativa’. Nós precisamos de ações afirmativas muito concretas para que a gente possa superar as dificuldades. Não basta apenas o partido ‘empurrar’ e dizer ‘vai’ para as mulheres serem candidatas. Elas precisam, acima de tudo, de formação política. Participam formalmente, mas na verdade não conseguem se firmar, não conseguem ter uma atuação na esfera pública mais forte por causa das dificuldades que existem”, ressaltou Luizianne Lins.

Com informações do site PT na Câmara e assessoria da deputada federal Luizianne Lins

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