A deputada federal Luizianne Lins (PT/CE) acompanhou, presencialmente, no último dia 07/05, em São Paulo, o lançamento do movimento Vamos Juntos/as pelo Brasil e da pré-candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República. “Estamos chegando aqui onde vai ser lançada a pré-candidatura à Presidência da República do nosso companheiro Luiz Inácio Lula da Silva. A gente quer que você fique acompanhando nas redes, no lugar em que você estiver, em especial no nosso Ceará, porque aqui vamos dar início à reconstrução do nosso Brasil”, afirmou a parlamentar.
Em entrevista ao vivo ao canal DCM TV, diretamente do local do evento, Luizianne salientou: “Eu tenho dito muito internamente no partido e para quem eu converso no geral: a gente tem que ganhar essa eleição! Se a esquerda não ganhar essa eleição, dificilmente nós ganharemos outra porque a escalada do fascismo só aumenta”. Para ela, é assustador o que estamos vivendo no Brasil: violência contra as mulheres, violência contra a população negra, violência contra os nossos povos originários. “É tudo de uma gravidade muito grande. Então, nós precisamos interromper imediatamente essa escalada para a morte. Nós temos que falar de vida, de esperança. Felizmente, nós temos um quadro, como o Lula, que foi capaz de se reinventar”.
Lula presidente 2022
“Temos um sonho, somos movidos a esperança. E não há força maior que a esperança de um povo que sabe que pode voltar a ser feliz”, afirmou Lula no lançamento do movimento Vamos Juntos/as pelo Brasil. Uma festa de dimensões históricas, como as manifestações das Diretas Já e a campanha de 1989, o “Vamos Juntos pelo Brasil”, inaugurou o caminho de reconstrução e do restabelecimento da democracia no país. O ato contou com discursos do ex-presidente Lula e do ex-governador Geraldo Alckmin, além da presença de lideranças do PT, PSB, PCdoB, Solidariedade, PSOL, PV e Rede, centrais sindicais, movimentos sociais, artistas e outras lideranças. No evento, Lula enfatizou a importância da recuperação da cidadania e da dignidade do povo brasileiro, roubadas por um governo golpista e socialmente insensível.
“A principal virtude que um bom governante precisa ter é a capacidade de viver em sintonia com as aspirações e os sentimentos das pessoas, especialmente das que mais precisam”, falou Lula, no início de seu discurso. Lula lembrou do árduo caminho que percorreu até chegar à Presidência em 2003 e de seu compromisso em acabar com a fome, uma chaga que havia sido vencida nos governos do PT e hoje voltou a humilhar o povo humilde do país.
“Em 2003, quando tomei posse como presidente da República, eu disse que se, ao final do meu mandato, todos os brasileiros tivessem pelo menos a possibilidade de tomar café da manhã, almoçar e jantar, eu teria cumprido a missão da minha vida”, lembrou Lula. “Travamos contra a fome a maior de todas as batalhas, e vencemos. Mas hoje sei que preciso cumprir novamente a mesma missão”.
“Tudo o que fizemos e o povo brasileiro conquistou está sendo destruído pelo atual governo”, lamentou. “O Brasil voltou ao Mapa da Fome da ONU, de onde havíamos saído em 2014, pela primeira vez na história. É terrível, mas não vamos desistir, nem eu nem o nosso povo. Quem tem uma causa jamais pode desistir da luta”, prometeu Lula.
Lula ressaltou que é preciso restaurar ao Brasil e ao povo brasileiro a soberania, hoje esfacelada pelo bolsonarismo. Para o ex-presidente, a soberania se manifesta em muitas dimensões da vida nacional e do Estado brasileiro. “Defender a soberania não se resume à importantíssima missão de resguardar nossas fronteiras terrestres e marítimas e nosso espaço aéreo”, salientou Lula.
“É também defender nossas riquezas minerais, nossas florestas, nossos rios, nossos mares, nossa biodiversidade”, enumerou. “É defender o direito à alimentação de qualidade, o bom emprego, o salário justo, os direitos trabalhistas, o acesso à saúde e à educação. Defender nossa soberania é também recuperar a política altiva e ativa que elevou o Brasil à condição de protagonista no cenário internacional”, apontou Lula.
Lula destacou ainda que não haverá resgate da soberania sem a defesa do patrimônio do povo brasileiro, como a Petrobras e a Eletrobras. “Nós precisamos fazer com que a Petrobras volte a ser uma grande empresa nacional, uma das maiores do mundo”, defendeu. “Colocá-la de novo a serviço do povo brasileiro e não dos grandes acionistas estrangeiros. Fazer outra vez do Pré-Sal o nosso passaporte para o futuro, financiando a saúde, a educação e a ciência”.
“Defender a nossa soberania é defender também a Eletrobrás daqueles que querem o Brasil eternamente submisso”, argumentou Lula. “A Eletrobrás é a maior empresa de geração de energia da América Latina, responsável por quase 40% da energia consumida no Brasil. Foi construída ao longo de décadas, com o suor e a inteligência de gerações de brasileiros. Mas o atual governo faz de tudo para entregá-la a toque de caixa e a preço de banana”, denunciou.
Lula denunciou a estratégia de destruição do Estado nacional por meio do esgotamento do investimento público em todas as áreas, sobretudo em infraestrutura. “O atual governo não cuida da infraestrutura que este país precisa”, disse. “Paralisaram obras importante que estavam em andamento. Tentam se apropriar de outras que receberam praticamente concluídas”, afirmou, citando a Transposição do São Francisco.
Vida digna e combate à fome
A dignidade do povo passa fundamentalmente pela educação, frisou o ex-presidente. “Porque um país que não produz conhecimento, que persegue seus professores e pesquisadores, que corta bolsas de pesquisa e reduz os investimentos em ciência e tecnologia está condenado ao atraso”, alertou Lula. “Nos nossos governos, nós mais que triplicamos os recursos direcionados para o CNPq, a Capes e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Eles saltaram de R$ 4 bilhões e 500 milhões em 2002, para R$ 13 bilhões e 970 milhões em 2015”.
Lula apontou ainda que não haverá soberania “enquanto 116 milhões de brasileiros sofrerem algum tipo de insegurança alimentar”, enquanto 19 milhões de homens, mulheres e crianças forem dormir todas as noites com fome, sem saber se terão um pedaço de pão para comer no dia seguinte”.
“Não haverá soberania enquanto dezenas de milhões de trabalhadores continuarem submetidos ao desemprego, à precarização e ao desalento. Nós fomos capazes de gerar mais de 20 milhões de empregos com carteira assinada e todos os direitos garantidos”, observou. “Enquanto eles destruíram direitos trabalhistas e geraram mais desemprego”.
Papel do SUS
Lula destacou o papel fundamental do Sistema Único de Saúde (SUS) no atendimento aos brasileiros. Infelizmente, lembrou o ex-presidente, a saúde foi abandonada por Bolsonaro. “Hoje faltam investimentos, profissionais de saúde e medicamentos. Sobram doenças e mortes que poderiam ser evitadas”, opinou. “Não fossem o SUS e os corajosos trabalhadores e trabalhadoras da saúde, a irresponsabilidade do atual governo nessa pandemia teria custado ainda mais vidas”, relatou.
Lula destacou as políticas dos governos do PT para a saúde: “Criamos o Samu, o Farmácia Popular, as UPAs 24 horas. Fizemos o Mais Médicos, e levamos profissionais da saúde às periferias das grandes cidades e às regiões mais remotas do Brasil. Nós praticamente dobramos o orçamento da saúde, que passou de R$ 64 bilhões e 800 milhões em 2003 para R$ 120 bilhões e 400 milhões em 2015”.
Com informações do PT Nacional.