A operação da Polícia Federal desta semana sobre suposto esquema profissional de disseminação de fake news teve como alvo diversos aliados do clã Bolsonaro. Entre eles, os deputados estaduais Douglas Garcia e Gil Diniz, nomes que já haviam sido sugeridos pela deputada Luizianne Lins (PT/CE) para a CPMI das Fake News.
Em novembro de 2019, a deputada apresentou três novos requerimentos de convocação para investigar a existência de uma rede de produção de fake news que atuaria a partir da Assembleia Legislativa de São Paulo. A denúncia foi realizada durante o depoimento do deputado federal Alexandre Frota, que citou os nomes dos deputados estaduais de SP, Douglas Garcia e Gil Diniz, do PSL, além de Edson Salomão, do Movimento Direita São Paulo. Os três ainda poderão depor após o reinício dos trabalhos da CPMI, parados durante à pandemia.
Para Luizianne, retomar as investigações no âmbito da CPMI é fundamental neste momento que o STF reúne esforços para desvendar a existência de um possível esquema profissional de disseminação de notícias falsas. “Não tem sentido nossa comissão estar parada agora, quando poderíamos estar colhendo depoimentos e ajudando na produção de provas. As fake news continuam acontecendo, colocando em risco nossa democracia e a vida de milhares de pessoas, como ocorre com a disseminação de notícias erradas sobre o novo coronavírus”, avaliou a deputada.