Seguindo o processo de elaboração do plano de governo de forma plural e democrática, a candidatura de Luizianne Lins realizou uma série de debates sobre temas como Educação, Saúde, Cultura, Direitos Humanos, Assistência Social e Meio Ambiente. Ao todo, foram 11 seminários temáticos e 5 territoriais nas Regionais. A ideia é construir com movimentos sociais, profissionais de diversas áreas e com a sociedade em geral as propostas que serão apresentadas aos eleitores.
Na última quinta-feira (18), foi a vez de discutir ações do governo municipal voltadas à questão da Segurança. Com a presença do candidato a vice-prefeito, Elmano de Freitas, o encontro reuniu diversos olhares sobre o tema. Participaram mulheres e jovens militantes no enfrentamento à violência, profissionais da área e estudiosos do assunto, como o professor Doutor da UECE, Francisco Horácio da Silva Frota, personagens fundamentais para compreensão da violência em Fortaleza.
O debate buscou essencialmente compreender as razões do aumento da violência na capital, discutir as Políticas Públicas de Segurança Pública da Prefeitura e definir o papel da gestão no trabalho preventivo.
“É evidente a participação passiva de jovens que praticam crimes, como homicídios, e de jovens vitimas de homicídios. E é assustador observar que 75% desses jovens estão fora da escola”, destacou Elmano ao citar pesquisa realizada pela Assembleia Legislativa do Estado. Para o candidato, o caminho para debater a problemática da violência na cidade é não seguir as pautas conservadoras da extrema direita. Segundo ele, “o nosso lado não é o lado de estigmatizar a juventude, não é o lado de compactuar com o extermínio da juventude negra”. E finalizou: “Queremos ter um governo protetor dos direitos humanos. É com essa concepção que nos formamos e é com essa concepção que queremos defender a campanha e governar a cidade.”
Durante o seminário, o ex-diretor da Guarda Municipal, Arimá Rocha, frisou que a gestão da ex-prefeita Luizianne Lins deixou grandes marcas no órgão, como a democratização da instituição, iniciativa que deve ser retomada: “A gente estruturou a vinculação da instituição com os movimentos sociais e investimos na humanização da instituição”. Outro legado destacado foi a interdisciplinaridade das ações da Guarda. “A Guarda é um instrumento importante, mas ela compõe todo o leito de outras secretarias e setores da sociedade que podem intervir para diminuir a violência”, declarou o ex-gestor ao citar integração do órgão com a Defesa Civil.
Para encerrar o debate, a companheira Geyse Anne, militante do Enegrecer e da Kizomba, expressou o desejo das juventudes da nossa cidade. “A juventude de Fortaleza quer viver e quer ter direito à cidade”, desabafou.
Para além dos espaços dos seminários, o Programa de Governo Participativo segue sendo construído e continua aberto a contribuições.