Confira o artigo do vereador Ronivaldo Maia (PT), publicado na edição de hoje do jornal O POVO.
Fortaleza tá um lixo. Um lixão a céu aberto. Essa é a sensação de quem anda por nossas ruas. Os pontos de lixo se multiplicam. A administração que tanto se empenhou na retirada de árvores assiste ao mato crescer nos canteiros, praças e meios-fios. E isso tudo está acontecendo porque os serviços de coleta, varrição e capinação foram reduzidos.
No início do ano, o prefeito Roberto Cláudio apostou na redução dos gastos com a limpeza. O argumento: o serviço era caro e seria preciso partir para tecnologias mais modernas e baratas. Ao mesmo tempo alterou-se a legislação para punir com mais rigor os geradores de lixo em situação irregular.
Essa estratégia fracassou. A quantidade de lixo nas ruas está é aumentando. E não ocorre porque o fortalezense passou a produzir mais lixo de seis meses para cá. É porque a coleta diminuiu.
O prefeito ainda impôs às empresas contratadas uma redução no valor de seus contratos. O número de caçambas, por exemplo, foi reduzido em pelo menos 10%.
Da mesma forma que ocorreu com os semáforos, a Prefeitura vem acumulando atrasos no pagamento das empresas. Dados do Portal da Transparência do TCM apontam um montante de dívidas de R$ 140 milhões. O não pagamento provocou, no último dia 28/8, a interdição do aterro sanitário por cerca de 400 caçambeiros reivindicando seus pagamentos atrasados há três meses e denunciando a retirada de 400 garis do serviço desde o início da gestão atual gestão.
Mas, se falta dinheiro para a limpeza pública, não falta para outras despesas. O mesmo Portal da Transparência indica que o prefeito empenhou mais de 85 milhões de reais em gastos com propaganda e eventos. Sem falar dos gastos com gratificações e cargos comissionados que oneraram o município em mais de R$ 50 milhões/ano.
Assim, de nada adianta a Prefeitura apenas jogar toda a culpa na população pelo aumento da sujeira nas ruas. A atual administração precisa é agir com transparência, responsabilidade e priorizar o gasto com aquilo que é mais importante para Fortaleza.
Artigo do vereador Ronivaldo Maia (PT-CE) publicado na edição de hoje do O POVO.