Está chegando o 1º de Maio, Dia Internacional dos Trabalhadores e das Trabalhadoras. Após dois anos de manifestações por plataformas virtuais, diante das restrições impostas pela pandemia de Covid-19, a CUT Ceará, as Frentes Brasil Popular, Povo Sem Medo, Fórum Sindical, Popular e de Juventudes de Luta pelos Direitos e pelas Liberdades Democráticas e demais centrais sindicais se unem, mais uma vez, para realizar um grande ato de rua em Fortaleza. A concentração da atividade será na Areninha do Pirambu, a partir das 9h deste domingo (01/05).
Com o mote “Emprego, Direitos, Democracia e Vida”, a marcha dos/as trabalhadores percorrerá as principais ruas do Pirambu em direção à Vila do Mar, na Barra do Ceará, onde será realizado o encerramento do cortejo. “Esse será o nosso primeiro ato presencial de 1º de Maio após esses dois anos de pandemia. A conjuntura exige a pressão popular por soluções estruturais para enfrentar a fome, o desemprego e a carestia. Por isso, estaremos juntos para defender todas essas pautas, que são urgentes para a classe trabalhadora brasileira”, destaca Wil Pereira, presidente da CUT-CE.
1° de Maio em 2022
Sem nada a comemorar pelo menos desde o golpe de 2016, que destituiu a presidenta Dilma Rousseff e impôs aos/às trabalhadores uma agenda de retirada de direitos previdenciários (com a reforma Previdenciária de Bolsonaro, aprovada em 2019) e a trabalhista do ilegítimo Michel Temer (MDB-SP), a data será de reflexão sobre o mundo do trabalho e também de luta contra os ataques aos direitos.
Recentemente, as centrais sindicais divulgaram a Pauta da Classe Trabalhadora, documento unitário das centrais, aprovado na Conferência da Classe Trabalhadora 2022 (Conclat-2022), em 07 abril último, com 63 reivindicações e propostas que vão orientar os debates do dia 1º de Maio.
Entre as propostas está o desenvolvimento sustentável com geração e emprego e renda. Emprego decente, afirmam os sindicalistas. Isso porque, além das altas taxas de desemprego, os/as trabalhadores sofrem com empregos precários sem carteira assinada e a informalidade que disparou depois de 2016.
A preocupação não é só com trabalhadores formais, os sindicalistas querem assistência, proteção social e direitos trabalhistas para categorias, como os motoristas de aplicativos, ‘profissão’ que cresceu durante a pandemia, muito em função da migração de profissionais desempregados de outras áreas. Ou seja, trabalhadores que ficaram sem renda e sem emprego por falta de uma política de proteção do Estado, por falta de investimentos públicos.
Democracia acima de tudo
Neste 1° de Maio, a classe trabalhadora também leva às ruas o grito por democracia, duramente atacada pelo governo Bolsonaro, como forma de cercear direitos dos/as trabalhadores, além de ser estratégia para se perpetuar no poder. Bolsonaro já fez diversos ataques às instituições democráticas brasileiras, como o Supremo Tribunal Federal (STF) e à própria urna eletrônica, principal instrumento do povo brasileiro para exercer cidadania, suscitando dúvidas sobre sua segurança e, com isso, dúvidas também sobre ele querer dar um golpe e cancelar as eleições.
Atrações culturais
Assim como nas edições anteriores do 1º de Maio, artistas convidados/as se apresentarão durante a marcha dos/as trabalhadores, segundo Ticiana Studart, representante da Frente Brasil Popular Ceará e assessora do mandato da deputada federal Luizianne Lins (PT/CE). A animação durante o percurso ficará por conta do influencer Léo Suricate, do cantor Assun e da Banda Bode Beat, que é composta pelos artistas Nayra Costa e Daniel Groove.
SERVIÇO
1º de Maio 2022: Emprego, Direitos, Democracia e Vida
A partir das 9h
Areninha do Pirambu
Av. Presidente Castelo Branco, 1980. Jacarecanga, Fortaleza
Com informações da CUT Ceará e CUT Brasil.