Em ao vivo recente do deputado federal Marcon (PT/RS), a deputada federal Luizianne Lins voltou a enfatizar que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News, da qual é membro titular, vai provar, por A mais B, que as eleições de 2018 foram ganhas com base em fake news. Para ela, muita gente acreditou nas mentiras, como o kit gay (que teria sido criado pelo PT), e isso foi decisivo para influenciar o voto das pessoas, que recebiam uma enxurrada de informações e ataques principalmente pelo Whatsapp, rede social escolhida pelo imperialismo estadunidense para interferir nas eleições dos países em desenvolvimento.

Luizianne disse que as ações por calúnia e difamação – como a que foi ganha recentemente pelo deputado Marcon contra um adversário –, que, atualmente, estão tendo vitórias na justiça são importantíssimas para o combate às fake news contra a democracia brasileira. Ela destacou que a propagação de mentiras e ataques a adversários, repetidas à exaustão, são práticas bolsonaristas executadas de forma organizada pelo Gabinete do Ódio para ganhar eleições, principalmente.
A deputada ressaltou que, na atualidade, a velocidade, a capacidade de compartilhamentos e disseminação de mentiras são muito grandes e os danos causados são ainda maiores. “O ambiente digital, como é muito novo, carece, de fato, de legislação específica. Não dá para as empresas de redes sociais, como o Facebook, terem sua própria política nos países onde elas entram. No Brasil, para o Facebook tirar contas do ar teve que ter interferência do STF, sempre com provocação jurídica”, assinalou
Na sua avaliação, o chamado “Projeto de Lei das Fake News”, que já está tramitando no Congresso, não atende a todas as expectativas exigidas para se ter controle e combater a disseminação de mentiras pela Internet e, ao mesmo tempo. Garantir o direito à privacidade das pessoas. Ele defende que o PL necessitaria de mais discussão, principalmente de acordo com os avanços nos trabalhos da CPMI.
Luizianne destacou ainda a aprovação da Lei Lola, de sua autoria, que determina que cabe à PF investigar crimes de misoginia nas redes sociais. “São crimes que se escondem por trás da Internet. Os discursos de ódio precisam ser parados, principalmente em relação às mulheres, vítimas de linchamentos covardes nas redes”.