A antropóloga, pesquisadora e professora da UnB Débora Diniz foi a convidada da live desta semana. Após ameaças persistentes a ela e à sua família, Débora teve que deixar o Brasil há dois anos. À época, a professora já transitava apenas com escolta policial. “Eu não aceito o termo autoexílio, porque isso devolve a mim a responsabilidade de identificar e punir meus agressores. Eu me descrevo como desterrada”, comentou a professora.
Temas como fake news, gabinete do ódio e milícias virtuais permearam a conversa, que abordou ainda saúde mental, cinema e fotografia, áreas pelas quais Luizianne e Débora transitam e utilizam como espaços de luta e resistência.
Débora lembrou a militância antimanicomial e detalhou algumas pesquisas realizadas com unidades socioeducativas e em hospitais psiquiátricos. Sobre a pandemia, a antropóloga ressaltou a vulnerabilidade de mulheres pobres e negras durante a pandemia, mais expostas ao machismo e à violência.
Durante a conversa, Luizianne lembrou a perseguição sofrida pela também professora universitária e blogueira feminista Lola Aronovich, que dá nome a uma lei de sua autoria.