Lola Aronovich é indicada à Medalha Mietta Santiago

A professora da Universidade Federal do Ceará (UFC) e blogueira feminista Lola Aronovich foi indicada para a Medalha Mietta Santiago. A indicação, feita pela deputada Luizianne Lins (PT/CE), destaca o trabalho desenvolvido por Lola em prol das mulheres e causas feministas na Mídia e Comunicação Social, por meio do blog “Escreva Lola Escreva”.
 
Criada pela Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados, a medalha Mietta Santiago visa agraciar pessoas, instituições ou entidades, campanhas, programas ou movimentos por iniciativas relevantes ao País ligadas aos direitos das mulheres.
 
Ataques a Lola
Em sua atuação em defesa das causas feministas, Lola Aronovich teve sua página clonada por criminosos, que passaram a difundir conteúdo misógino. Desde então – outubro de 2015 – a blogueira é alvo de uma campanha de difamação digital. Em sua página já foram publicados conteúdos com discursos de ódio, defesa de infanticídio, queima de bíblias e sobre a venda de medicação para a realização de abortos.
 
Ela também tem sido vítima de outros crimes, que saíram da esfera virtual.  Em abril de 2016, cartazes contra o feminismo foram espalhados pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, tendo imagens de Lola como ilustração. Ela também recebe com freqüência ameaças de morte e estupro, por conta do seu trabalho pela igualdade de gênero. 
 
Em audiência pública com a temática “Mulheres, Violência e Mídias Sociais – Como combater crimes de ódio contra a mulher na internet”, realizada na Câmara dos Deputados em setembro passado, Lola foi uma das participantes a convite da deputada Luizianne. Na ocasião, a ativista relatou que, tem sofrido ataques diários e que já registra 11 boletins de ocorrência. 
 
Pedido de esclarecimento
Diante da situação, a deputada Luizianne solicitou à Secretaria de Segurança Pública do Ceará informações sobre as investigações referentes às denúncias de Lola.
 
Lei Lola
O caso Lola inspirou o PL 4614/2016, de autoria da deputada – aprovado por unanimidade na Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara Federal, em novembro do ano passado, e que atualmente tramita na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. O PL atribui expressamente à Polícia Federal competência para investigar crimes praticados por meio da Internet que difundam conteúdo discriminatório ou propaguem ódio às mulheres. 
 
Combate à Violência
Luizianne é Relatora da Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher (CMCVM) pelo segundo biênio consecutivo. A CMCVM tem o objetivo de investigar a situação da violência contra a mulher no Brasil; apurar denúncias de omissão pelo poder público; avaliar a aplicação de instrumentos instituídos em lei para proteger as mulheres em situação de violência e propor projetos de lei.

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