O Pré-Sal, anunciado em 2007, fica entre o norte de Santa Catarina e sul do Espírito Santo. Pesquisas indicam a descoberta de 15 bilhões de barris na camada de pré-sal, mas que podem chegar a 50-100 bilhões de barris de petróleo no futuro. Hoje o Brasil extrai 864 milhões de barris/ano.
O Projeto de Lei do Senador José Serra, já aprovado na Câmara, revoga a participação obrigatória da Petrobrás na exploração do pré-sal, tirando da estatal a obrigatoriedade de explorar no mínimo 30% dos campos licitados. É a abertura para exploração das sete multinacionais que comandam o Petróleo no mundo (Shell, Mobil, Esso, Texaco, British Petroleum, Chevron e Gulf Oil).
Além de atender aos interesses internacionais que hoje só podem entrar no pré-sal com a Petrobrás sendo a operadora, significa o desfalecimento da indústria nacional que fornece equipamentos de exploração, como plataformas e sondas, consequentemente, redução de emprego e renda, forçando o país a importar, cada vez mais, tais equipamentos.
Hoje, não há necessidade de acelerar os leilões de exploração,
temos mais de 14 anos de reservas garantidas com o Petróleo já descoberto no passado e os Estados de SP, RJ, ES e SC não teriam Royaties imediatos. Ilusão.
A desmoralização da Petrobrás (uma das 10 maiores do mundo no setor e que obteve lucros de mais de R$ 260 bilhões entre 2004-2013) faz parte de uma engenhosa estratégia que nos fará perder autonomia diante da maior descoberta de jazidas de petróleo do século 21. A história cobrará e os traidores da Constituição serão julgados como aqueles que entregaram as riquezas do País às elites internacionais e perderam a oportunidade de melhorar a saúde e a educação de nosso povo.
Luizianne Lins
Deputada Federal
*Artigo publicado originalmente no jornal O Estado, em 15/11/2016 http://migre.me/vwhuD